5 de junho de 2013

ASFAL participa de workshop sobre a TISS 3.0

A ASFAL participou, no dia 7 de maio, na sede da empresa, em São Paulo, do workshop sobre os desafios tecnológicos para adoção da Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS), com a presença de representantes do setor de saúde suplementar. O presidente Luiz Antonio e o responsável pela TI da ASFAL Alysson Galdino, representaram a entidade.
O evento contou com a participação de especialistas em tecnologia da informação (TI) em saúde, representantes de operadoras de planos privados e prestadores de serviços da área da saúde, pesquisadores da IBM Research e profissionais da divisão de Industry Solutions da IBM. “Entendemos a importância de trabalharmos junto aos órgãos reguladores, os principais representantes e organizações do setor para oferecer soluções que atendam às necessidades específicas deste mercado. E sabemos que a TISS é a ponta deste iceberg”, explicou Mauro Eidi Villela Assano, da IBM Brasil, que coordenou o workshop.
Para o representante da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) no Comitê de Padronização das Informações em Saúde Suplementar (Copiss), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Luiz Antonio De Biase Nogueira, a TISS é uma realidade e um caso de sucesso no que se refere ao faturamento eletrônico dos atendimentos, apesar de ainda ter pontos em conflitos e não ter se consolidado em outras etapas do processo assistencial, como elegibilidade, autorizações e demonstrativos de análise de pagamento.
De acordo com Nogueira, para transformar o projeto em um sucesso efetivo, são necessárias ações urgentes, como estimular a interoperabilidade como uma prática obrigatória e imprescindível para que a TISS cumpra o seu papel. “Na nossa visão, a TISS deve estar 100% dentro dos sistemas de gestão dos prestadores e integrada naturalmente aos seus processos operacionais. Ela só será um sucesso de fato quando a interoperabilidade for prática majoritária”, concluiu.
O coordenador de departamento de Saúde Suplementar do SINDHOSP, Danilo Bernik, no workshop representou os prestadores de serviços. Ele ressaltou que muitas das dificuldades dos hospitais, clínicas e laboratórios em se adequar ao padrão TISS está nas diferenças regionais que o Brasil possui, por ser um país de dimensões continentais, e na mentalidade dos empresários do setor.
Bernik ainda disse que um dos entraves para a implantação do padrão está no fato dos prestadores ainda não terem conseguido enxergar os beneficíos da TISS. “Ainda há muita falha de comunicação entre prestadores e operadoras. Isso nos preocupa. No Copiss todo mundo se entende, mas quando se chega ao fronte falta entendimento.”
Solução para a TISS
A expectativa para solucionar esse e os outros problemas diagnosticados pelo mercado é a nova versão da TISS (3.0), que deverá ser publicada até o fim de maio, segundo o gerente geral de Integração Setorial da ANS, Antonio Carlos Endrigo. “Esta versão que está sendo concluída é fruto do trabalho da equipe do Copiss, e esperamos, se não resolver todos os problemas das outras versões do padrão, pelo menos solucionar a maioria deles.”
Para a TISS 3.0, o mercado pode esperar várias mudanças. A principal dela, segundo a coordenadora de Informações da Diretoria de Normas e Habilitação de Produtos da agência, Marizélia Leão Moreira, é a finalização da Terminologia Unificada da Saúde Suplementar (TUSS), que recebeu mais de 17 mil contribuições pela consulta pública de junho de 2011. Serão 47 conjuntos de terminologias de produtos, medicamentos e materiais, procedimentos médicos e odontológicos e diárias e taxas. Falta concluir o item de órteses, próteses e materiais especiais (OPMEs) para serem incluídos à resolução normativa (RN), que deve ser publicada, se não sofrer novos atrasos, até o fim deste mês.